O MiniMatecaVox é um software gratuito desenvolvido por um pesquisador da Unicamp que promete ajudar crianças  deficientes visuais matriculadas no ensino fundamental a aprender matemática de forma lúdica e simples.

Tendo como objetivo tornar o aprendizado da matemática mais eficaz para as crianças deficientes neste início da vida escolar, o programa levará às salas de aula uma série de atividades elementares da matéria totalmente comandadas por voz. Ao todo o MiniMatecaVox possui 20 aulas com 15 exercícios cada que englobam os principais conteúdos da matéria como soma, subtração, divisão  e resolução de problemas que servirá para complementar o currículo escolar.

Este projeto nasceu das pesquisas de mestrado do tecnólogo em informática Henderson Tavares de Souza que foi recentemente defendido junto ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC). De acordo com Henderson, é escassa a quantidade de softwares de matemática feitos para crianças com esta faixa de idade, “Existem muitas pesquisas e iniciativas voltadas para o ensino de deficientes visuais, mas a maioria delas é focada no ensino superior, para o desenvolvimento de atividades de matemática mais complexas”, afirma o pesquisador.

Como pode ser observado, muitas escolas do país utilizam muito os recursos visuais, o que acaba deixando as crianças deficientes de lado. Com o aplicativo esta barreira educacional poderá ser ultrapassada. Para facilitar o uso, alunos e professores podem aproveitar os recursos de voz do programa que foram otimizados com as vozes de crianças reais para que a identificação dos comandos seja o mais precisa possível

Além de ser uma ferramenta facilitadora do aprendizado, tal programa ainda ajudará na inclusão digital destes jovens, que desde pequenos poderão se habituar a usar o computador. Com este projeto o Henderson também espera contribuir para a mudança das políticas públicas voltadas à educação, para que assim as crianças deficientes visuais sejam melhor assistidas pelo governo. Agora que o projeto já foi aprovado na universidade é só esperar para que esta ótima iniciativa chegue às escolas de todo país o mais breve possível.

Via Jornal da Unicamp