Estudantes do curso de mecatrônica da Faculdade de Tecnologia de Garça, em São Paulo, desenvolveram um dispositivo que se acopla a bengala que vibra ao detectar obstáculos, ajudando assim os deficientes visuais a terem mais autonomia ao se locomoverem pelas cidades sem dependerem de cães-guia ou acompanhantes.

Para que a bengala ajude ainda mais na locomoção, o dispositivo preso logo no começo do acessório, na parte onde o deficiente a segura, é responsável por emitir alertas vibratórios ao detectar obstáculos a até três metros de distância. Ao notar a presença de um obstáculo terrestre, o dispositivo vibra na parte de baixo e ao detectar algum aéreo (como galhos e orelhões, por exemplo), ele vibra na parte de cima, ajudando ainda mais na orientação, indicando de onde deve desviar e evitando que os deficientes se machuquem com estes tipos de contratempos no caminho.

O recurso foi desenvolvido pelos estudantes Henrique Betoni e Leandro Nakahata como um desafio proposto pelo professor Gustavo Coraíne, que notou a falta de tais equipamentos no mercado nacional e que possuem um alto valor no exterior, podendo chegar a R$ 3 mil, um preço muito alto, “Aqui no Brasil nós não temos nada parecido, e a gente consegue desenvolver um desses com facilidade por R$ 500” , disse o professor.

O professor Nelson Santos Cauneto, cego há 15 anos teve a oportunidade de testar a bengala com o equipamento, que se mostrou extremamente útil:  “Ela veio para somar, ajudar a gente a ter uma independência de locomoção. É mais um instrumento que com certeza pode nos ajudar bastante no futuro. Hoje já está me ajudando”, afirma Nelson.

No momento este novo aparelho está em fase de testes, mas, quando todos os ajustes forem feitos e a bengala adaptada esteja finalizada, os estudantes pretendem produzi-la em grande quantidade e colocá-la à venda no mercado com um preço muito mais acessível para os brasileiros.

Via G1