Dia 13 de dezembro é o Dia Nacional do Cego, data criada para ajudar a diminuir o preconceito contra os deficientes visuais e para celebrar esta data tão importante vamos falar sobre os Audiolivros, a forma mais prática e simples dos DVs terem acesso à literatura.

Os Audiolivros são arquivos de áudio com gravações em voz alta da leitura de livros ou demais tipos de textos impressos. Se você é tão velho quanto eu irá se lembrar das fitas K-7, naquela época os livros no formato áudio eram disponibilizados através desta mídia, eram várias fitas, lado A e B para ouvir um livro pequeno. Graças ao avanço da tecnologia, estes arquivos passaram a ser disponibilizados em formatos digitais e em aplicativos como o Ubook, por exemplo, através dele é possível ouvir seus livros favoritos em qualquer lugar e a qualquer hora usando apenas o seu celular.

Durante muitos anos os deficientes visuais lutaram e continuam lutando por mais acessibilidade cultural, social e geográfica, inúmeras leis já estão contribuindo para melhorar um pouco este cenário e ajudando a promover a inclusão da pessoa com deficiência em diversos âmbitos da sociedade.

Inúmeros grupos procuram promover um “desenho universal para acessibilidade” em diversos campos, seria como, por exemplo, tornar uma calçada transitável para qualquer pessoa com qualquer tipo de limitação, ou seja, todos se beneficiariam, incluindo idosos, crianças e deficientes.

O audiolivro se encaixam perfeitamente neste conceito, pois é algo criado para o entretenimento de todos, da mesma forma que é acessível para os deficientes visuais, “Esse serviço é democrático e pode ser usado por qualquer pessoa – com ou sem deficiência”, diz Eduardo Albano, diretor de conteúdo do Ubook, maior serviço de audiolivros por streaming da América Latina, e o avanço da tecnologia ajuda cada vez mais na democratização deste formato de livro, “Esse é o avanço da acessibilidade, serviços e produtos que sirvam e tragam benefícios para todos, sem nenhum tipo de segregação”, completa Albano.

O audiolivro é uma forma natural de promover a inclusão, demonstrando que bastam atitudes simples como gravar a leitura de um livro em voz alta para contribuir para o acesso de diversas pessoas à vários tipos de conteúdos literários como livros didáticos, de fantasia, revistas, conteúdo para concursos e muito mais, não há limites para esta mídia.

Agora que você aprendeu mais aobre os audiolivros, que tal saber como que eles são feitos? Para nos auxiliar nesta tarefa contamos com a ajuda e os conhecimento da Marta Ramalhete, gerente de produção e Anderson Santos, gerente de conteúdo e direitos autorais do Ubook que nos contaram tudo sobre o processo.

imagem de um livro a esquerda sobre uma mesa com um fone de ouvido grande apoiado sobre o livro com o fio passando sobre a mesa e acolando no livro

Escolhendo o livro

Antes de escolher um livro propriamente dito, é preciso entrar em contato com as editoras que, ao começarem a veicular seus livros no país, já determinam quais podem ou não ser passados para o formato de áudio e é neste momento que o Anderson Santos entra. O gerente de conteúdo e direitos autorais é o responsável pelo contato com as empresas nacionais e internacionais do ramo para conseguir as devidas autorizações para a gravação dos livros.

Após o contato com as empresas e a determinação do que poder ser gravado, são escolhidos diversos livros levando em conta os gêneros preferidos do público, se as obras são bestsellers, demais registros da audiência etc., a partir daí são determinados os lotes de obras que serão gravadas.

Em alguns casos algumas empresas já possuem audiolivros produzidos, neste caso, o Anderson entra em contato com elas para negociar a inclusão deste material no catálogo do Ubook diretamente. 

Análise da obra

Alguns livros podem conter imagens, gráficos e demais recursos visuais que precisam ser adaptados para o áudio, a partir do momento que se detecta este tipo de conteúdo ele é adaptado para que seja feita uma audiodescrição do que está no livro. Esta descrição é levada à editora para que ela possa aprovar a inclusão desta informação no áudio.

No caso do Ubook, segundo a Marta Ramalhete, eles tentam modificar o mínimo possível a obra e sua narrativa para não prejudicar a experiência do ouvinte e toda a mudança necessária precisa ser negociada com a editora.

Escolhendo o melhor narrador para cada livro

Antes de começar a gravação do livro todo é preciso escolher um narrador ou ledor, para isso cada um deles precisa ler um trecho determinado do livro para saber qual tem o perfil da obra.

Como afirma a Marta, cada narrativa pede um tipo de voz e entonação diferente, os profissionais do rádio, por exemplo, são melhores para ler livros documentais e de autoajuda, enquanto aqueles que demandam mais interpretação ficam com os dubladores e atores.

A escolha final do narrador é feita em conjunto com a editora e com o autor do livro.

Hora de começar a gravar

Com o livro e o narrador escolhidos está na hora de gravar. Por mais que pareça algo simples, gravar um livro inteiro da muito mais trabalho do que se imagina.

Cada capítulo é gravado separadamente e em seguida passa por um revisor que ouvirá a gravação junto com o livro para ter certeza de que tudo foi lido corretamente. No Ubook eles prestam bastante atenção nas palavras estrangeiras para que elas sejam pronunciadas da forma mais correta possível.

Nesta etapa o revisor faz um “relatório de refação”, com todos os pontos que precisam ser modificados e para que tudo fique perfeito, quando um narrador erra uma palavra, ele precisa gravar a frase ou o parágrafo inteiro para evitar emendas ou qualquer outra discrepância.

Deixando tudo mais bonito

Ao fim das gravações, depois que todos os cortes foram feitos é preciso deixar o som mais bonito, nesta etapa da edição acontece a melhora da voz, limpeza do áudio, nivelamento do áudio e tudo mais que irá deixar o som mais limpo e agradável.

Além do tratamento, algumas obras ainda recebem trilhas e efeitos sonoros, tudo dependerá do tipo da obra. Segundo a Marta Ramalhete alguns audiolivros não precisam de sonorização, tomando cuidado apenas com a entonação e a voz do narrador para que o audiolivro não fique monótono, enquanto outras obras como as infantis, por exemplo, demandam músicas e sons que combinem com a estória, procurando sempre manter um equilíbrio para que sonorização e narração fiquem harmônicos.

Tudo pronto para adicionar ao acervo

Depois de estar tudo pronto e aprovado, o novo audiolivro é cadastrado no acervo do site e uma sinópse, ficha técnica e imagem são associadas a ele, após este processo está tudo pronto para o leitor/ouvinte curtir o novo livro.

Sempre que um novo audiolivro é acrescentado à biblioteca do Ubook se inicia todo um processo de divulgação para que todos os usuários do aplicativo tomem conhecimento da nova obra.

Em média um livro pode demorar cerca de um mês e meio para ficar pronto e, como você pode ter percebido, dá um bom de trabalho, mas o resultado final é incrível!

Se você nunca ouviu um audiolivro e quer curtir esta forma diferente de consumir obras literárias nós recomendamos o Ubook, um aplicativo de streaming de audiolivros disponível para web, Android. isso é Windows Phone, além de ser simples de usar o app ainda é acessível para deficientes visuais.

Se você ficar perdido em meio aos mais de 10 mil áudios de livros e revistas no acervo do Ubook não se preocupe, nós recomendamos um ótimo livro para você começar: “O vendedor de sonhos – O chamado”, do Augusto Curitiba, uma obra intrigante que, inclusive, ganhou uma versão para os cinemas recentemente, para saber mais sobre o audiolivro e ouvir um trecho dele clique aqui, você será direcionado para a área da obra no Ubook. 

Para conhecer mais sobre o Ubook e baixar o aplicativo clique aqui para ser direcionado ao site oficial.

Tenha uma boa audioleitura!