[ATUALIZADO] Como foi a votação com este novo recurso:
Há alguns dias nós publicamos a notícia abaixo que informa que as urnas eletrônicas teriam avisos sonoros para ajudar os deficientes visuais no momento da votação e, neste dia 5 de outubro dia da votação, nós testamos este novo sistema e viemos contar para você a nossa opinião.
Minha zona eleitoral fica na cidade do Rio de Janeiro, ao chegar em minha seção informei aos mesários sobre minha condição e solicitei o auxílio sonoro. O secretário da seção saiu para buscar o fone, em seguida a presidente da seção começou a preparar a urna para ativar o som, todo este processo demorou um pouco e como fui a primeira deficiente visual a solicitar, eles se atrapalharam um pouco no processo, mas, sempre sendo muito solícitos e cordiais.
Após realizar o teste inicial comecei a votar. A urna avisa o cargo para o qual você está votando e o número que você digitou, o que já é uma ótima ajuda, contudo, até onde eu percebi, ela não fala o nome do candidato, o que me deixou um pouco confusa, mesmo me lembrando dos nomes e números dos candidatos, gostaria de ter a confirmação ouvindo os seus nomes da urna.
Como já era de se esperar, todo o processo de preparação e votação demorou, mas, para a primeira vez acredito que foi tudo muito bem, o TSE está de parabéns pela iniciativa e que este aviso sonoro se aprimore ainda mais para atender as necessidades de todos.
E você, o que achou deste novo sistema? Deixe sua opinião nos comentários no final dwste post.
[NOTÍCIA]
Neste período de maior expressão da cidadania todos precisam ter condições de exercê-la da melhor maneira possível, para isto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pretende tornar as eleições deste ano ainda mais acessíveis para os deficientes visuais através de auxílio sonoro.
Além dos já implementados botões em braille, o TSE está trabalhando para que em outubro todas as urnas do país também possuam este novo recurso. Com a chegada do portador de necessidades especiais em sua sessão eleitoral, o presidente da sessão disponibilizará a ele fones de ouvido e ativará o áudio da máquina que indicará os números escolhidos pelo eleitor e ainda dará as instruções necessárias para a realização do voto. Com esta mudança no software da máquina o governo pretende diminuir o número de abstenção por parte dos deficientes e ainda promover uma maior autonomia na hora de votar.
Para o secretário nacional da Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira, esta nova adaptação das urnas é uma grande conquista da política nacional para os deficientes: “Esta é a diretriz do desenho universal que objetivamos, para que não só os equipamentos de votação, mas tudo o que nos cerca, seja desenvolvido para servir a todos, que não sejam necessários outros dispositivos de apoio ou um equipamento específico. Um grande passo para o exercício da cidadania e para a participação política plena das pessoas com deficiência”, afirmou ele.
Esta decisão foi tomada pela Corte no final de 2013 após uma solicitação feita pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo. O governo segue implementando o recurso em todas as urnas eletrônicas do Brasil para que os deficientes visuais tenham oportunidades iguais para exercer a sua cidadania e escolher o futuro do país.
Via O Povo online
